Vidro float: saiba o que é e onde pode ser usado!

O vidro float representa a fase inicial de todos os vidros produzidos para aplicações na indústria e no setor construtivo!

Sua composição é de apenas uma lâmina simples, que posteriormente é beneficiada para agregar ainda mais resistência e demais características ligadas à sua aparência e desempenho, seja ele térmico, acústico ou de translucidez.

O processo de fabricação desse tipo de vidro, criado na Grã-Bretanha por volta dos anos 1950, representa o padrão mundial para a produção de vidros planos de alta qualidade. 

Quando abordamos o vidro float, portanto, estamos tratando sobre um material indispensável, fundamental para a manutenção de todo o mercado vidraceiro. 

A seguir, saiba como esse vidro se caracteriza, quais são suas principais aplicações, características e benefícios mais marcantes, qual o seu processo de fabricação e quais são as normas técnicas ligadas a ele. Continue a leitura!

O que é o vidro float?

Conforme é mencionado no Manual Técnico do Vidro Plano para Edificações, [...] a norma ABNT NM 294 estabelece a definição do vidro float como “vidro de silicato sodocálcico, plano, transparente, incolor ou colorido em sua massa, de faces paralelas e planas, que se obtém por fundição contínua e solidificação no interior de um banho de metal fundido. ” 

Ele é a base para todos os tipos de vidros empregados na construção civil, sendo um material simples, em fase inicial, que ainda não foi submetido a nenhum beneficiamento, espelhação ou pintura. 

Trata-se de uma matéria-prima versátil, com inúmeras aplicações. Fora do segmento construtivo, em esquadrarias, por exemplo, ele é a base para a confecção de vidros autolimpantes, de controle solar, para espelhos, entre outros produtos semelhantes.

Quais são as suas principais características e benefícios?

O vidro float conta com características muito particulares, que o tornam um material singular e extremamente vantajoso para inúmeras aplicações.

Mesmo sendo duro, não absorvente e de excelente durabilidade, esse tipo de vidro é também reciclável, ou seja, pode ter seus resíduos reaproveitados em casos de danos ou descarte, sendo economicamente vantajoso e ambientalmente correto. 

Outro ponto que o torna sustentável e lucrativo é o fato de que os recursos empregados em sua fabricação são abundantes na natureza. Isso significa que sua exploração é simples, barata e não provoca prejuízos aos ecossistemas.

Por fim, a permeabilidade à luz faz com que o vidro float, em suas diferentes espessuras e acabamentos, seja ideal para elementos como janelas, portas e paredes de vidro, além de elementos paisagísticos, claraboias, entre outros recursos semelhantes. 

Muito além da transparência, seu desempenho na construção civil é apreciado por ser um material de baixa condutividade térmica, que contribui para a manutenção de temperaturas agradáveis nos ambientes, e também um ótimo isolador dielétrico!

Para que seja desenvolvido com qualidade e sirva como uma boa base para a confecção dos demais tipos de vidro aplicados na construção e na indústria, porém, o vidro float precisa que suas etapas de fabricação sejam devidamente respeitadas. 

Como ele é produzido? 

A principal base para a fabricação do vidro float é a sílica, que é incorporada a metais específicos, em uma mistura que é submetida a uma temperatura média de 1600°C.

Nesse processo, é formada uma massa viscosa, que é despejada em um tanque de estanho líquido. Como possuem densidades diferentes, os materiais não se misturam, fazendo com que toda a massa derretida flutue sobre o estanho. 

É por conta dessa flutuação que o vidro conta com a denominação “float”, que em inglês quer dizer “flutuador”! 

Enquanto a massa flutua sobre a base de estanho, ela se transforma em uma chapa uniforme e totalmente lisa. 

Já na forma de vidro, a massa é resfriada lentamente. Na etapa, o material deixa de ser opaco e torna-se translúcido. 

Por fim, quando já está completamente fria, a chapa é devidamente cortada.

No Manual Técnico de Vidro Plano Para Edificações, produzido e divulgado pela Associação Brasileira das Indústrias de Vidro, todo esse processo é descrito em 5 etapas básicas:

- Mistura: na primeira etapa, as matérias-primas são devidamente dosadas, misturadas e depositadas no forno de fusão

- Fusão: fase em que toda a composição é fundida sob temperatura de 1600°C durante um processo lento e totalmente controlado

- Transformação: em que a massa de vidro é submetida à piscina de estanho e flutua sobre ela sob temperatura de 650°C, formando assim a lâmina de vidro

- Recozimento: etapa que consiste no recozimento da lâmina de vidro, processo que é feito em um forno que, em seguida, resfria a chapa de maneira controlada

- Corte: ao fim do processo, a lâmina de vidro contínua é minuciosamente inspecionada. Caso nenhum defeito seja detectado, ela é cortada em chapas menores, que são posteriormente empilhadas. 

Você já conhecia as características e aplicações do vidro float? Se ficou com alguma dúvida sobre o assunto, entre em contato conosco

Se você quer entender mais sobre o processo de têmpera que falamos no início do conteúdo, confira o nosso conteúdo sobre processo de têmpera: saiba como é feito e como proporciona resistência ao vidro!

GOSTOU? COMPARTILHE!