Quais são os tipos de vidros segundo a NBR 7199?

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Um dos materiais mais versáteis na indústria de transformação é o vidro, pois, enquanto matéria-prima, possibilita o desenvolvimento de produtos para atender os mais diversos segmentos econômicos, entre eles: farmacêutico, alimentício, equipamentos eletrônicos, construção civil e arquitetura. 

Por esse motivo é preciso saber quais os tipos de vidro recomendados para aplicações no setor construtivo, por exemplo. Afinal, o material é usado em pontos importantes de uma edificação, como janelas, portas, paredes e telhados.

No artigo a seguir, vamos detalhar a norma NBR 7199, responsável por estabelecer o uso e aplicação do produto na construção civil. Continue a leitura e conheça mais sobre as recomendações e exigências. 



Qual a finalidade da NBR 7199?

A NBR 7199 é um documento estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com objetivo de orientar o setor construtivo sobre a correta utilização de vidros. O material foi reformulado em 2016, a fim de atender as diversidades de materiais existentes no mercado e ainda, para incluir novas aplicações. 

Para se ter uma ideia da importância da norma, a Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro), elaborou  uma tabela para que os profissionais do setor possam realizar consultas e esclarecer dúvidas sobre os tipos de vidros indicados para determinadas aplicações. 

Sendo assim, a NBR 7199:2016 é direcionada para os tipos de vidro empregados na construção civil, bem como as recomendações que devem subsidiar o trabalho dos profissionais em projetos, execução e aplicações. 



Quais os tipos de vidro apresentados na NBR 7199?

Em primeiro lugar é importante esclarecer que desde que começou a ser usado nas construções, os vidros chamaram atenção pelo efeito visual. Com o aperfeiçoamento do produto, foram incorporadas funcionalidades como proteção contra raios ultravioletas, dureza das lâminas, diversidade de cores, efeitos de opacidade, e ainda, conforto térmico e acústico. 

Sendo assim, é preciso seguir uma série de recomendações para que o vidro não seja aplicado em uma condição errada, com o risco de oferecer perigo às pessoas e estruturas. Para que essa informação fique bem clara aos profissionais que trabalham no setor vidreiro, o primeiro esclarecimento destaca os principais tipos de vidro:

 

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Vidro Float

Também conhecido como vidro plano, se destaca pela uniformidade e por permitir tratamentos adicionais que podem torná-lo mais resistente, como, por exemplo, a têmpera e a laminação. Em geral, é aplicado em janelas e como visor de portas. 

 

Vidro Temperado

Considerado o mais seguro do mercado, oferece uma resistência 5 vezes maior do que a opção comum. O processo de endurecimento é feito pela etapa de alto aquecimento (entre 600° e 700ºC), e em seguida, um resfriamento. Desse modo, quando é quebrado, os fragmentos são pequenos e sem pontas, o que representa risco para quem manuseia ou estiver próximo da ocorrência. 

 

Vidro Aramado

Outro tipo de vidro que oferece segurança quanto a resistência é o modelo aramado. Isso é possível, pois, o material é entremeado por uma tela de arame que confere o resultado. No entanto, a transparência é afetada, o que torna a opção mais indicada para as seguintes aplicações: guarda-copos, fachadas, coberturas, fechamento de claraboias, divisórias, entre outras. 

 

Vidro Laminado

O processo de fabricação desse tipo de vidro é feito com duas lâminas de vidro comum, intercaladas com uma película plástica chamada PVB. O resultado é uma peça resistente, com ótimo conforto térmico e acústico. Além disso, caso aconteça a quebra, os fragmentos ficam presos a proteção, evitando acidentes mais sérios. 

 

Vidro Insulado

Também chamado de vidro duplo, passa por um processo construtivo, no qual são unidas duas lâminas que receberam tratamento de segurança e contam com uma camada interna de gás de argônio. Essa condição evita que o material tenha embaçamento, e reduz expressivamente a troca de calor ou ruídos do ambiente externo. 



Quais as principais mudanças da NBR 7199?

Além de detalhar os novos tipos de vidro presentes no mercado, o documento aponta outras referências normativas, para quando a aplicação do material for realizada em boxes de banheiro, por exemplo (NBR 14207). 

Outras informações importantes para quem manuseia o material são: as formas de instalação de vidro, armazenagem e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). 

Seguindo as atualizações do mercado, a norma esclarece quais os modelos recomendados para isolamento de jaulas em zoológicos, vitrines e situações nas quais as lâminas precisem oferecer maior segurança. Por fim, mas não menos importante, são apresentados os tipos de vidro para instalações especiais como pisos, degraus, divisores de piscinas e aquários. 

 

O blog da Rohden disponibiliza uma série de conteúdos sobre o setor de vidros, por isso, fique atualizado sobre o que há de mais tecnológico e as tendências para o setor de construção civil, em 2023. Acesse o site e atualize-se. 

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